Estive outro dia numa conferência sobre o tema da Prevenção da Fraude nos Pagamentos Electrónicos. A dada altura, gerou-se uma polémica engraçada, com uma intervenção da Polícia Judiciária.
Dizia um dos Inspectores que, quando estão a seguir os movimentos de um determinado grupo criminoso que esteja a operar cartões clonados ou roubados, as coisas acontecem muito rapidamente....
Num momento eles estão Lisboa, noutro estão em Portimão, noutro estão em Beja... e é muito díficil acompanhar e apanhá-los em flagrante.... MAS... (e agora a parte engraçada)...
... MAS... o pior é quando a PJ está quase, quase a apanhá-los... e o banco decide CANCELAR o cartão, possívelmente por denúncia do titular da conta, ou porque foi detectada a fraude nos sistemas informáticos do próprio banco. Um cartão cancelado é imediatamente destruído por parte do bandido.
Então, o inspector lançou um apelo, à banca, para que nas situações que estão a ser investigadas, não sejam imediatamente cancelados os cartões, de modo a permitir apanhar os bandidos. Claro está, isso gerou uma bronca enorme, com a malta da banca a dizer "E QUEM É QUE NOS PAGA OS MOVIMENTOS FEITOS NA CONTA, ENQUANTO OS SRS POLICIAS ANDAM ATRÁS DOS BANDIDOS?"
Resposta da PJ : "Os senhores deveriam também prestar um serviço à comunidade, e ajudar a prender estes criminosos"
Resposta da banca : "Pois, mas nós somos instituições privadas com fins lucrativos"
Moral da história : Cada vez os sistemas informáticos da banca estão melhores e a actuar mais rápido, portanto, na minha opinião, cada vez vai ser mais difícil o trabalho da PJ.
Sabiam que no ano 2065, o estado participa activamente, e tem um fundo para apoiar os bancos neste processo ?
Dizia um dos Inspectores que, quando estão a seguir os movimentos de um determinado grupo criminoso que esteja a operar cartões clonados ou roubados, as coisas acontecem muito rapidamente....
Num momento eles estão Lisboa, noutro estão em Portimão, noutro estão em Beja... e é muito díficil acompanhar e apanhá-los em flagrante.... MAS... (e agora a parte engraçada)...
... MAS... o pior é quando a PJ está quase, quase a apanhá-los... e o banco decide CANCELAR o cartão, possívelmente por denúncia do titular da conta, ou porque foi detectada a fraude nos sistemas informáticos do próprio banco. Um cartão cancelado é imediatamente destruído por parte do bandido.
Então, o inspector lançou um apelo, à banca, para que nas situações que estão a ser investigadas, não sejam imediatamente cancelados os cartões, de modo a permitir apanhar os bandidos. Claro está, isso gerou uma bronca enorme, com a malta da banca a dizer "E QUEM É QUE NOS PAGA OS MOVIMENTOS FEITOS NA CONTA, ENQUANTO OS SRS POLICIAS ANDAM ATRÁS DOS BANDIDOS?"
Resposta da PJ : "Os senhores deveriam também prestar um serviço à comunidade, e ajudar a prender estes criminosos"
Resposta da banca : "Pois, mas nós somos instituições privadas com fins lucrativos"
Moral da história : Cada vez os sistemas informáticos da banca estão melhores e a actuar mais rápido, portanto, na minha opinião, cada vez vai ser mais difícil o trabalho da PJ.
Sabiam que no ano 2065, o estado participa activamente, e tem um fundo para apoiar os bancos neste processo ?
3 comentários:
Cena mesmo mesmo muito à frente seriam os Bancos ligados à PJ, a enviar a imagem e localização do criminoso em tempo real à PJ!
Isto porque os Bancos, com os seus sistemas informáticos evoluídos o conseguem fazer!
A questão não é assim tão simples, e passa mais pela SIBS do que pelos bancos.
Ex: um cartão da CGD, clonado, a ser movimentado numa bomba de gasolina com um POS do BPI. Quem faz esta transacção é a SIBS/UNICRE/VISA/MASTERCARD...
Estas entidades é que devem estar (e estão!) ligadas em tempo real à PJ.
Mas quem cancela os cartões são os bancos emissores...
Pois. Complexo sim. Há que afinar todo o percurso de comunicação entre Bancos/SIBS e semelhantes/PJ.
Se nos recorrermos da teoria da conspiração, poderemos dizer que talvez interesse às entidades a manutenção do "problema".
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